sábado, 26 de outubro de 2013

I - ProJovem Urbano: Multidisciplinaridade e Interdisciplinaridade...


Dando continuidade à exposição de motivos que me levam ao pavor de trabalhar na educação acreana, tentarei expressar, em 4 textos, a experiência catastrófica pela qual passei em sala de aula ao ministrar a disciplina de Língua Portuguesa no Programa brasileiro de aceleramento educacional (onde em um ano e seis meses o aluno deve concluir o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª séries, com uma qualificação profissional), segue aí a essência desse programa que participei em Brasiléia... 

O ProJovem Urbano deve ser compreendido em sua globalidade e em sua especificidade: em seu aspecto mais amplo, a compreensão se dá através das seções que divide as disciplinas de Língua Portuguesa e Inglesa, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Participação Cidadã, além de uma Qualificação Profissional e a Iniciação à Informática... 

Conforme as disciplinas acima, a globalidade do programa exige a multidisciplinaridade com o acompanhamento dos educadores e alunos no planejamento trimestral dessas disciplinas (onde o aluno finaliza o trimestre com uma Síntese Integradora)... Todas as unidades formativas vêm organizadas com temas voltados para a realidade cultural e social do jovem aluno (de 18 aos 30 anos)... Seria a Educação modelo se houvesse profissionais qualificados para executar esse ensino experimental... 

O programa exige em sua especificidade a interdisciplinaridade, interligando, dessa forma, todas as áreas do conhecimento das disciplinas para uma melhor harmonia entre educadores e alunos, desenvolvendo, através das aulas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, em geral, uma forma de incorporar as experiências da história de vida dos alunos no processo de ensino e aprendizagem na contextualizando de suas realidades... Assim, como norteia, a seguir, o programa: “proporcionando, dessa forma a esses alunos, a reflexão e o planejamento do futuro, bem como, o posicionamento perante às desigualdade exclusão produzidos na dinâmica da sociedade atual... Possibilitando, a eles, exercerem plenamente sua cidadania, permitindo que se tornem o protagonista da sua própria história de vida e a formação educacional.” (Unidade Formativa I, Manual do Educador, p. 15, Brasília, 2008)... Aqui logo pensei: é a conquista da autonomia...

Durante o treinamento de capacitação ao qual passamos para executar as disciplinas fui totalmente envolvida pela dimensão do ProJovem; daí imbuída de minhas convicções, sonhei: ‘finalmente encontrei o espaço adequado para eu praticar a educação que acredito... Tudo parecia perfeito, a cada Parágrafo compreendido, no treinamento, eu logo imaginava que minha fidedignidade à Missão desse programa seria plena... No entanto, as surpresas foram surgindo, tão logo começamos a vivenciar o cotidiano escolar, na medida que eu seguia fielmente aos conteúdos da primeira Unidade Formativa, as dificuldades na comunicação entre professores e coordenadoria foram se evidenciando, imediatamente, na arbitrariedade das relações... 

Infelizmente ou felizmente é impossível entrar no mérito da questão que levou o meu contrato temporário, assinado para trabalhar por dezoito meses, ser cancelado em dois meses... Porém sinto a necessidade de expor a superfície da problemática que me causou grandes transtornos profissional (acusada de incompetente e incapacitada de trabalhar na educação), econômico (todas as dispensas com o deslocamento e o aluguel da nova morada, além da busca de uma advogado para uma Possível defesa) e psicológicos (graves enfermidades diante do choque emocional), ainda tento restabelecer minha saúde perdida diante das torturas sofridas em detrimentos de acusações jamais comprovadas e proibidas de serem solucionadas através da Justiça, já que também não foi possível através do conselho administrativo...

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