A inexistência dum núcleo comum
no uso das mídias na educação, no que diz respeito a uma metodologia enquanto
base norteadora, levou-me a uma incessante busca de leituras que pudessem me subsidiar
nas orientações metodológicas desse
ensino: meu principal objetivo nessa busca é aprender para contribuir na melhoria da qualidade do ensino, tanto na
minha formação enquanto professora, exercendo em atividades autônomas, quanto orientar
aqueles que atuam no ensino sistemático, ministrado na rede pública, pois tais
métodos têm por obrigação serem organizados com estreita ligação em exigências da
metodologia do ensino e aprendizagem, situação esta que não vem acontecendo...
Portanto, minha preocupação
aumentou diante dos inumeráveis casos em
que os professores e orientadores educacionais repetem métodos arcaicos nas
aulas mesmo tanto acesso às novas tecnologias; bem como diante das
repetitivas reclamações dos alunos
quanto a falta de inovação metodológica dos professores nos laboratórios de
informática. São várias as experiências relatadas por professores que acham
tortuoso relacionar o tempo histórico com processo cotidiano dos alunos... Por
outro lado, os alunos sentem-se angustiados e desmotivados com as dificuldades
metodológicas do professor, tendo em vista que para eles a possibilidade de
saturar o passado e presente recuperando o discurso histórico através das novas
tecnologias, torna o aprendizado mais prazeroso... Este é um bom assunto para se questionar sempre...
Frente a esta problemática, percebi
que leituras sem uma reflexão interlocutora não diminuiriam minhas dúvidas... Foi
quando, então, decidi fazer o “Curso em Tecnologia e Educação”, contudo
sinto-me mais segura para continuar com minhas buscas e aprender a aprender,
visto que todo processo de conquista do conhecimento é uma eterna arte de aprendizado... Assim
sendo, tento consolidar, com os novos conceitos que venho experimentando no
Curso, a comunicação tecnológica em espaços independentes voltados para o
debate, a análise e para a investigação das inter-relações entre tecnologia e
educação num processo inovador na prática do ensino e aprendizagem... E o que
pensam os jovens sobre essas novas tecnologias?... Eis o questionamento mais primoroso, já que os
jovens estão muito mais além, em termos de curiosidade e capacidade de manusear
tais mídias, do que os adultos...
Quais os motivos que me levam a
pensar nessas inter-relações?... São vários, claro!... Mas pouco posso me
permitir a agir na praticidade... E um deles é introduzir a reflexão sobre o
direito de o cidadão conquistar uma educação para cidadania (na tentativa de
fugir do velho método condicionante e opressivo), pois na atual conjuntura do
sistema social só haverá acesso à modernidade com uma instrução educativa
pública e gratuita, levando em consideração o contexto de desenvolvimento
brasileiro frente às fronteiras globalizadas... Além do maior objetivo:
apresentar ao educador motivações que o leve a inovações metodológicas, como
também a se repensar constantemente perante o avanço tecnológico e as
transformações do pensamento científico...
E, finalmente, diante dos
desajustes sócio-econômicos dos quais vivemos, possibilitar novos desafios que
permitam ao cidadão acompanhar a ordem mundial, com acesso aos benefícios das
novas tecnologias da educação e comunicação; como, por exemplo, usufruir dos
programas de educação à distância e complementando, ou substituindo, a educação
formal, onde tem permitido que milhões de cidadãos sejam excluídos do banco
escolar, dessa forma o acesso à educação seria mais viável e atingiria uma
maior diversidade humana (idade, gênero, raça, religião, classe social)... Enfim,
aí a criatividade seria um doce sabor de transgressão...