“O que é ser professora hoje?”, é uma das atividades
que tive que responder do Curso “Tecnologia da Comunicação), eis aqui minha resposta:
Início com a definição, a qual
muito me agradou e que estou de pleno acordo, sobre o que é ser professor hoje,
de Moacir Gadotti, onde ele nos escreve (no livro "Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido", disponível online no
site do Instituto Paulo Freire) o seguinte: “Ser professor hoje é viver
intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se
pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa
visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em
consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores
da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros "amantes da
sabedoria", os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o
saber – não o dado, a informação, o puro conhecimento – porque constroem sentido
para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais
justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis."
Assim
sendo, penso que ser professor é ser um
verdadeiro pai social (ou mãe social), com sabedoria e muito conhecimento
adquirido orientar os educandos para a
vida
(onde não
basta apenas repassar e ter domínio de conteúdos) que é um constante devir;
para isto: é necessário estar desprovido
de todos os preconceitos e preceitos para fazer despertar nos alunos o
verdadeiro conhecimento e saber...
Além
disso, o professor deve ter a plena consciência da importância da escola como
condição para dos alunos conquistarem a
cidadania e os direitos de participação plena na vida sócio-política, cultural
e econômica do ambiente em que vive e do país... A fim de garantir habilidades
que propiciem a escolarização e autoconhecimento, bem como o conhecimento
universal e o domínio da realidade o qual estão inseridos. Enfim, ser professor
hoje no meu entender é ser uma ponte de conhecimento que liga dois mundos
distintos, de maneira a fazer o auto-despertar do aluno para as diferentes formas de vidas,
propiciadas pelo sistema globalizado... É estar também num constante processo
de aprendizado para saber ensinar. Seria
inumeráveis os conceitos que apreciariam o ser professor, mas por hora fiquemos
com estes, pois o espaço e tempo não nos permite discorrer mais acerca do tema
em questão. –
Quem sou eu (professora) neste contexto de processo
de mudanças?... E qual a minha função na escola?
Bem, esta questão basicamente estar respondida de
acordo com o relato que eu fiz acima sobre o
que é ser professor, pois sinto-me na escola uma ponte que permite-me
fazer com que o aluno visualize as diferentes forma de viver, bem como a
necessidade deles adquirem o conhecimento e sabedoria necessária para poder
saber trafegar diante dessas diferenças, esta é minha função na escola enquanto
uma educadora, além disso sou uma eterna aprendiz, sou muito curiosa e esta
curiosidade me leva ser uma constante pesquisadora e sistematizadora dos
conceitos e conhecimento, de forma a simplificar os conteúdo para possibilitar
o processo cognitivo.
Ainda essa pergunta me
fez lembrar do poema de Clarice
Lispector, que diz o seguinte:
"a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais..."
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais..."
Para mim isto é demais no sentido de sermos um constante processo de construção humana,
enquanto professor estamos inacabados, só o tempo nos preenche e nos permite sabermos
quem somos...
Noutro momento, sinto-me
um Fernando Pessoa neste poema:
“Não
sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me aponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me aponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou
como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que
torcem para reflexões falsas
uma
única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas”...
Penso
desta forma porque no mundo não existe verdades absolutas e nem tudo é de
acordo como se diz ou como estar: a verdade de hoje pode ser a mentira do
amanhã, pois não existem valores fixos e acabados, tudo é um devir: tudo ainda
é muito relativo.
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