segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Relatório apresentado ao prof. Coordenador do Departemento de História Gerson

RELATÓRIO DA DISCIPLINA ANTROPOLOGIA I NO CURSO DE HISTORIA EM PLACIDO DE CASTRO

Profª Rosangela Nascimento Barros
1. UMA BREVE INTRODUCAO

                     No dia 31 de marco cheguei, por volta das 20”hs, em Plácido de Castro para ministrar a disciplina Antropologia I. Este relatório descreve de maneira concisa esta Disciplina no Curso de Historia naquele Município. As atividades foram desenvolvidas no período de 01 a 17 de abril, com três momentos distintos, em quinze encontros, somando 60 horas/aula. Os alunos se constituíam em 46, com a desistência de dois, entre eles moradores da Vila Campinas e municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O cumprimento dos conteúdos nesse período só foi possível pelo posterior início da Disciplina Metodologia do Ensino, ministrada pela professora do Departamento de Educação, Venúsia, que iniciaria dia 08, mas, após a solicitação dos alunos, para não interromper o Seminário, a Disciplina Metodologia do Ensino iniciou somente dia 15 com as três primeira aulas....
                     Antes de dar início às atividades planejadas, expliquei minha formação e a área de interesse na antropologia, ainda a relação da antropologia enquanto auxiliar em Historia, fiz um breve comentário sobre os textos que iriam ser trabalhados. Em seguida solicitei que todos os alunos se apresentassem e sugerisse sobre o que deveria ser trabalhado e o que eles necessitavam como prioridade no campo da Antropologia Social; foi geral a necessidade de conhecer mais a a contribuição da Antropologia na Historia. Sabia que seria complicado atender às necessidades apresentadas, mas me propus a conhecê-las para apresentar como objetivos para as aulas os seguinte pontos alguns existente no Plano de Curso:

• Compreender a Antropologia enquanto Ciência;

• Identificar o objeto, o método e as formas de abordagem antropológica;

• Reconhecer as diferenças culturais fazendo relação entre o Local e o Global;

• Perceber o Homem como Um Ser cultural;

• Identificar o campo da Antropologia Social e Cultural;

• Compreender os principais aspectos das escolas Evolucionista, Funcionalista, Estruturalista e Dinâmica;

• Entender a estrutura do inconsciente proposto por Lévi-Struss, como fator do determinismo biológico e geográfico;

• Identificar a aplicabilidade da Antropologia no social;

• Expressar oralmente um tema lido em conexao com o contexto Local;

• Descrever as observações em pequenos relatos sobre o trabalho desenvolvido por cada Um;

• Discutir a questão indígena no Acre.

                     Diante desses conteúdos foi traçado uma metodologia de trabalho partindo da leitura e a análise reflexiva (exposto pela professora e as intervenções dos alunos) dos textos da bibliografia do Plano de Curso que compreende a unidade primeira: para a compreensão da Antropologia no quadro das Ciências Sociais, foi analisado a Primeira Parte do Relativizando, Roberto da Mata; a unidade dois do Plano referes- ao conceito de cultura e sua relação com o Homem, nessa compleição trabalhamos com Cultura: Um conceito antropológico, de Roque Laiara; as teorias antropológica fez parte da unidade tres com a leitura do capitulo treze do livro ANTROPLOGIA:uma introdução de Marina de Andrade e Zelia Presstto, ainda..... Achamos necessário, entretanto, darmos início às nossas aulas pela leitura em voz alta e comentário do texto, os alunos se mostraram muito tímidos, pouco participativo, o que se fez perceber o pouco contato que eles tinham com a leitura, mas se justificou, também, por ser nossa primeira aula e meu primeiro contato com eles ((((((((Dando continuidade às nossas aulas, apresentei como primeira atividade a compreensão do texto assim o aluno teria que identificar os aspectos teóricos que se inter-relacionam com a realidade Local.

2. O PERCURSO DAS AULAS

                         O principal objetivo das aulas de Antropologia foi a promoção e habilidade necessária para compreensão dos textos teóricos na variedade da Ciência Antropológica e sua aplicabilidade no campo social. O trabalho pedagógico foi realizado em três momentos: primeiro, a exposição e comparação dos textos teóricos em antropologia social e cultural, com a percepção da antropologia enquanto ciência; o conceito de cultura e seus condicionamentos; e as teorias antropológicas (Malinowski), nas leituras e exposição dos textos no período de 01 a 06 de abril, conforme os textos acima citados.
                       O segundo momento, aconteceu no período de 08 a 11 com o Seminário formado por oito Grupos citar os textoexpondo textos teóricos em antropologia social e cultural, e definindo a antropologia enquanto ciência, também uma abordagem da historia da antropologia; o conceito de cultura e seus condicionamentos aqui. No dia 12 foi realizado uma excursão a Brasiléia com passagem em Xapuri, cujo objetivo era uma maior integração dos alunos de Historia desses municípios, alem de promover discussão sobre a reforma curricular do Curso de Historia, bem como um debate sobre o Centenário do Acre. Esse evento foi realizado no auditório da Escola Jose Kairara em Brasiléia com a palestra do historiador da Universidade da Bolívia Rivera.
                       O terceiro e ultimo momentos foi no período de 13 a 17 com a noção básica em pesquisa na elaboração de Projetos visando as problemáticas da realidade dos municípios de Acrelândia e Plácido. Para a construção e aplicabilidade dos projetos foi feito a leitura de um texto sobre trabalho de campo na Antropologia Social de Roberto da Matta, assim compreender a prática da Antropologia e sua contribuição enquanto ciência auxiliar da Historia. A turma foi divida em cinco grupos para discutir os problemas locais possíveis de ser abordados como modos característicos para coletas de dados a serem refletidos na visão, a priori, empirista que nega uma pratica evolucionista e determinista das ciências sociais. Quando as discussão se esgotaram sobre os problemas apresentados, foi construído e reconstruído um textos com temas direcionados pelos grupo. Com isso, no primeiro momento, a idéia era fazer um levantamento das necessidades reais no campo social, tanto a leitura como a compreensão dos conteúdos expressava a leitura da vida cotidiana desses municípios, assim foram elaboradas propostas de Projetos possíveis de serem trabalhados.
                 Diante das dificuldades apresentadas para identificar os , como também a falta de distinção entre as, foi necessário intensificar a leitura. Num outro momento da aula, como segunda proposta de atividade, sugerimos a construção de um texto relatando o trabalho desenvolvido por cada aluno fazendo o uso adequado dos conteúdos acima trabalhados. FALTA CITAR OS PROJETOS

3. ULTIMAS CONSIDERACOES

                           Após os contatos com os textos E AS EXPOSICAO em seminário percebeu-se que os alunos necessitavam compreender mais aspectos voltados às ciências sociais contemporânea (estou repensando os possíveis e atuais textos inovadores), ou melhor, uma maior leitura na teoria antropológica voltada para dinâmica social que na verdade corresponde a uma escola antropológica no sentido de pessoas que se influenciam mutuamente e diretamente no que diz respeito ao trabalho da prática antropológica, VISANDO uma melhor compreensão da realidade local. Pois no aspecto global o que se coloca sob o rótulo de Contemporâneo são idéias, de pessoas unidas por um mesmo contexto histórico e antropológico. Enquanto antropólogos de tradição inglesa como Leach ou Gluckman e franceses como Balandier ou Bastide, ao se virem frente a teoria que não eram adequadas ao seu estudo e às questões que lhes vinham, iniciaram um novo modo de pensar o seu "objeto".
                        A antropologia que se fazia anteriormente e até mesmo contemporaneamente a eles mas sobre teorias antigas, sempre tratou o seu "objeto", ou seja, principalmente as sociedades "tradicionais" ou "nativas", como um sistema coerente e harmônico. Tanto funcionalistas como estruturalistas tinham como "organismo", onde cada parte tem sua função ou significado dentro de um todo em harmonia. Fechavam os olhos à incompatibilidade e conflitos.
                        Principalmente o estruturalismo não vê desconexão entre representações e praticas, sendo os últimos reflexos dos primeiros. Malinowski já havia alertado para observarmos aspecto separadamente: normas, valores e práticas, mas sua teoria pouco nos elucidou para a aplicação deste principio, apenas dele ter sido de fundamental importância para pesquisa de campo.
                        Retomando, então, o Malinowski havia sugerido, estes antropólogos que vêem na dinâmica social o personagem importante da antropologia da segunda metade do século XX, que dará uma visão mais concreta da sociedade e da cultura, pois como o próprio Malinowski, eles também são antropólogos de campo sempre em contato com a complexidade da vida social.
                        A principal característica, portanto, desta linha teórica é ver as organizações sociais como sistemas "desarmônicos", ou seja, que contenha também conflitos, disputas, valores e desejos diferentes, etc. . Mas não totalmente "desarmônico" no sentido em que também há uma luta muito grande para que se mantenha a coesão social. São duas as principais forças que comandam a vida social: internas e externas. As internas são as que se desenvolvem dentro dos limites (aproximativos) do grupo e as externas se desenvolvem a partir do contato com outros grupos. Obviamente que é muito difícil saber onde um começa e onde a outra acaba, até mesmo impossível, visto que elas interagem entre si. As forças internas, como falam, pode ser de coesão ou de mudança. A estabilidade não seria algo "natural", mas fruto de muitos esforços como rituais diversos de integração social e ações de importância para a mudança do grupo. A mudança viria, principalmente, do fato das sociedades não serem sistemas de integração perfeita. Há realmente reflexo de um nível social em outro, mas isso não impede que cada um tenha acontecimentos, histórias e ritmos próprios, logo, a integração entre eles gera mudança, gera conflitos. Por exemplo, a economia pode influenciar na religião, sem no entanto que a compatibilidade entre ela seja total.
                        Outro fato que não pode ser desprezado de forma alguma é o da participação dos atos sociais, Balandier diz que este pode ser de quatro tipos: acomodação, revolta, estratégia ou manipulação. A primeira seria a atitude daquele que se submete integralmente à sociedade, o segundo o seu oposto e os dois últimos são os que mais determinam a vida social. Cada pessoa tem seus valores, idéias, desejos próprios, e isso em todo lugar, não só na sociedade "ocidental". Isto ocorre porque cada um pertence a uma classe, idade, família, linhagem diferente, têm histórias da vida diferente, portanto, como seria igual ? A ação de cada sociedade e indivíduos seria segundo estas características e também segundo o seu poder. Este poder é determinado pelo grau de informação, pela posição social, pelo limite em que pode ser usado , etc.
                         A estratégia de cada sociedade e indivíduos difere muito das normas gerais, é por isso que não podem conhecer uma sociedade apenas pelo seu conjunto de regras ou crenças gerais. A teoria antropológica valoriza o conhecimento de prática também. Antropólogos como Gluckman e Balandier, preferem tratar não só de sociedade como um isolado, mas de situação social, de contato, situação colonial, ou seja, ver uma sociedade dentro de um âmbito maior em que esteja inserida... É muito importante ressaltar que a dificuldade maior que as outras teorias traria ao estudo das sociedades tradicionais da atualidade, era que estas tratava à sociedade como isolados. Se este tipo de divisão era inadequada quando do inicio do ridículo, imagine agora que o capitalismo transforma e passa largar o mundo em uma única grande sociedade mundial!
                       Dito isto, podemos compreender as forças "externas". Primeiro de tudo, com o processo de colonização, neo - colonialismo, imperialismo, expansão do modo capitalista de produção e consumo, não podem falar de contatos simétricos, mas principalmente de dominação, de exploração e de transformação profunda e drásticas das sociedades tradicionais.
                      A proposta do grupo de antropólogos é estudar a vida social dentro deste processo complexo de interação e dominação. Inclusive este processo acelerado de mudança e conflitos nos faz ver fenômenos que seriam mais difíceis de se ver nesta situação "capitalista". Com determinações sociais, não são abstrações retiradas de observação, são fenômenos concretos. É como se fosse em laboratório espontâneo onde os fenômenos podem ser observados por indução feita não pelo pesquisador, mas pela própria situação social.
São processos cheios de idas e vindas, ações, reações e contra-reações que dependem de vários fatores, os quais determinam as diferenças de local para local, de cultura para cultura. Aspectos como a compatibilidade entre as culturas envolvidas, o tempo e a intensidade do contato, as possibilidades de influências dos indivíduos atingidos, a importância geográfica do Local , seja por riquezas naturais, pelas suas fronteiras ou outro fator, entre outros, vão dar as especificidades locais.
                           A resposta que se pode dar é que neste caso, as generalizações partem da própria prática, dos acontecimentos concretos. Não se observa mais a sociedade indo em busca de generalidade comum a todos, mas a própria expansão do mundo que gera a transformação de cada localidade em sua cultura, economia e organização social, tornando-se possível pensar no absurdo das generalizações. Como exemplo deste tipo de análise pode-se falar do Leach , de Gluckman na Nova Zelândia moderna onde ele analisa o ritual de indignação de uma parte. Para ele esta situação social seria muito significativa em termos de estrutura daquela sociedade local, que incluía os Zulos , o chefe, a engenheira da ponte , autoridades brancas da África do Sul. Através da análise desta situação ele pode nos revelar mais sobre como todos aqueles se relacionam, como estava dada a relação de poder, quais os significados das ações e discursos , enfim, como era aquela situação social onde conviviam pessoas de identidades variadas numa mesma estrutura. Se ele tivesse limitado sua análise apenas aos “ nativos “ muitas coisas teriam lhe escapado..
                           Para finalizar, a teoria antropológica tem em vista a sociedade como um processo, que inclui mudança e situação instável, sempre permeada por conflitos e desarmonia, visto que as pessoas têm valores e praticas diferentes. No caso do Acre se tem o peso que a noção de sociedade durkheimiana nos impõe, abrindo lugar a inflexibilidade e a não-participação dos atores sociais principalmente nas relações inter – sociais. Assim os mecanismos que geram o desequilíbrio dessa região afetando as sociedade indígenas tem suas marcas no processo de colonização, em nome do desenvolvimento, os homens que fazem a História conduziu os nativos dessa região a esse processo de transformação, que o poder civilizatório apropriou-se por uma fazer político inerente aos seus interesses. Entender esses desequilíbrio social e cultural causado por um processo mal-planejado politicamente, significa buscar um passado acreano recente, marcado pelas suas lutas e conquistas. Para que a Organização Indígena no Acre conquiste seu objetivo imediato e histórico é necessário elevar sempre mais nossos conhecimentos sobre Nossa História (consciência) e a História do Estranho(branco).
                       No Acre essa História começa no principio do Sex. XIX quando os Estranhos(brancos) penetram em Terras acreanas dando inicio à colonização, e na atual exploração, através da coleta do chamado “ouro branco”, além da pesca e caca também a extração de madeira. Descendentes de europeus: os nordestinos que primeiro participaram da exploração do Acre se apropriaram da mão-de-obra Apurinã (além dos fieis seringueiros) e aplicaram na prática o modo-de-trabalho das sociedades européia. Os Apurinã sendo os primeiros no contato de colonização acreana e sábios conhecedores da geografia regional, pois os seus conhecimentos passados aos novos colonizadores facilitavam a exploração de nossas riquezas naturais, além de terem maior domínio sobre os outros povos aqui viviam.
                      Os Apurinã, no aspecto geral das sociedades indígenas, já possuía sua própria forma de organização-do-trabalho garantindo a necessidade imediata e o sustento da comunidade: não trabalhavam para acumular riquezas(produtos); O trabalho Apurinã era organizado entre homens e mulheres e crianças, consistindo na prática da caça, pesca, coleta de frutos, agricultura, serviços-de-casa e fabricação (ou produção) de utensílios de barro e cesta. O processo de aldeamento seguia os mesmo critérios da colonização brasileira, onde os escravos agora eram indígenas que impunha o modo de vida, de trabalho e os costumes europeu, pois no Brasil o trabalho escravo ainda era norma e conseqüentemente os novo dono de terra no Acre. Os primeiros grande extratores de borracha e indicadores ou desbravadores da floresta foram os índios. Na conquista pelos direitos, não basta conhecer bem as leis constitucionais, a situação de exploração em cada Terra, as perdas de costumes, as imposições do estranho, poder do Estado para aumentar o lucro, os preconceitos, as discriminação: é preciso conhecer tudo isso e muito mais.
                    Mas o necessário é apreender os mecanismo de funcionamento da sociedade em que vivemos e da que dependemos, a história das sociedades em todas as épocas, as ricas experiências de trabalho escravo, conquista e perdas acumuladas ao logo desses anos. Quanto mais conhecimento tivermos sobre tudo isso, melhor saberemos orientar nossa caminhada na busca de valores perdidos e pelo fim de nosso domínio. Meu trabalho de pesquisa em sala de aula procura apresentar a historia da humanidade, desde os tempos imemoriais até as atuais conquistas de Direitos: a compreensão desse trabalho iluminará nossas idéias sobre as questões indígenas sendo mais uma fase da História de exploração iniciadas no passado da Historia Humana da exploração no período do Escravismo, se aprimorando no Feudalismo, se firmando no surgimento do Capitalismo com as expansões marítimas e se aprimorando mais ainda na linguagem da Globalização.
                 As transformações que todas as sociedade vem passando, implica na construção de um novo sistema de organização, além das mudanças provocadas pelas luta dos explorados na conquista de melhores condições de vida. Os primeiros grupos humanos de que a Ciência Sociais se dispões a estudar viviam em forma de bando, grupos de homens e mulheres que viviam da caça e da coleta de alimentos. Estavam sempre mudando de lugar em busca de alimento, pois viviam do que encontravam ao seu redor, doado pela Natureza. Toda conquista era divido entre todos... não havia desigualdade. No entanto o ser humano era dominado pelas forças da natureza, pelas chuvas, enchentes, feras selvagens. O homem nessa época vivia numa total dependência da natureza, como ainda vivem as sociedades indígenas no Acre.
                Tudo isso pra dizer que nos falta uma Antropologia Acreana, aqui nesse deserto verde envolta da floresta acreana também nos falta a dinâmica social, sem considerar no momento, as dificuldades de compreensão, principalmente das ciências humanas produzidas no Brasil, que não tem a função de interferência na realidade, mas uma interferência que amenize os problemas destruidores da sociedade, portanto enquanto no Brasil os cientistas sociais não encontrar um equilíbrio entre a razão e a emoção esta ciência só servirá como Literatura de descobertas pessoais, ainda corremos o risco de sofrer conseqüências graves, pois essa Literatura quando proferida por professores despreparados causam danos não só morais assim como sociais, e a liberdade individual quando atingida fragmenta-se em estilhaços de incertezas e dúvidas que bloqueiam a formação sócio-política da nossa sociedade.

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